Por Bruna Elisa Winter[1]
Aos olhos de admiradores e atenciosos é notável que a estação radiante em cores, que é a primavera, está perdendo o seu céu encantador e sua legitimidade.
As borboletas (pertencentes à ordem Lepidoptera juntamente às mariposas), que anteriormente polinizavam e contribuíam para a manutenção de cadeias tróficas estão desaparecendo devido às ações provindas do ser humano. Incalculáveis espécies acabam extintas sem ao menos terem sido reveladas no meio científico e obter-se conhecimento a respeito de sua biologia.
Diante de tal conhecimento surge a seguinte indagação: por que a sociedade continua inquieta? Despreocupada com o meio ao qual habita e tanto lhe é necessário?
Em meio às atitudes que corroboram ao desaparecimento das borboletas podem-se destacar especialmente a perda de seu habitat nativo (seja ele do bioma Amazônico aos Pampas) que é substituído pelo exotismo e expansão dos amplos centros e cidades. Há também a ocorrência e uso de poluentes através da atividade industrial e agrícola, que agridem a riqueza de indivíduos em áreas de preservação adjacentes a estas instalações (no caso da agricultura, pesticidas são lançados por meios aviários). Não obstante, incêndios e queimadas são agravantes do mesmo modo que o uso abusivo e histórico pelo qual estes exemplares sofreram (a anos eram utilizados como quadros e em artesanatos) culminam para a ameaça de extinção.
Assim, estas asas que coloriam jardins naturais hoje são raras e desconhecidas em diferentes regiões. Entretanto, além da sua beleza, a contribuição para conservar e sustentar ecossistemas é inestimável e vai além da polinização, pois são artrópodes que mantêm comunidades vegetais, participam da ciclagem de nutrientes e inclusive indicam a integridade dos ambientes.
Enfim, torna-se imprescindível o cuidado da população com os Lepidópteros e todos os seres. Somente através da preservação destas espécies é que a aquarela de cores voltará a enriquecer a flora brasílica.
Para mais conhecimentos sobre este assunto relevante leia o “O Plano de Ação Nacional para Conservação de Lepidópteros Ameaçados de Extinção – ICMBio” e ajude na preservação das nossas borboletas!
[1]Bruna Elisa Winter, acadêmica de ciências biológicas/Faculdade Jangada – Jaraguá do Sul/SC; natural de Corupá/SC é apaixonada pela natureza e em especial pelas borboletas. Trabalha no Museu Irmão Luiz Godofredo Gartner – Seminário Sagrado Coração de Jesus em Corupá/SC.
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Nota da autora: Cabe ressaltar que as espécies de borboletas, em sua maioria, iniciam a fase adulta na primavera, por isso utilizou-se esta abordagem textual.