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Onde estão as lindas asas de nossa primavera em flores?

Onde estão as lindas asas de nossa primavera em flores?

Por Bruna Elisa Winter[1]

Aos olhos de admiradores e atenciosos é notável que a estação radiante em cores, que é a primavera, está perdendo o seu céu encantador e sua legitimidade.

As borboletas (pertencentes à ordem Lepidoptera juntamente às mariposas), que anteriormente polinizavam e contribuíam para a manutenção de cadeias tróficas estão desaparecendo devido às ações provindas do ser humano. Incalculáveis espécies acabam extintas sem ao menos terem sido reveladas no meio científico e obter-se conhecimento a respeito de sua biologia.

Atualmente 28 mil Lepidópteros (3 mil borboletas e 25 mil mariposas) ocorrem no Brasil, contudo, estima-se que este número seja diversamente superior, alcançando aproximadamente 60 mil espécies – sendo que 57  já se encontram na lista vermelha.

Bruna, que desde criança é apaixonada pelas borboletas atualmente estuda ciências biológicas.

Diante de tal conhecimento surge a seguinte indagação: por que a sociedade continua inquieta? Despreocupada com o meio ao qual habita e tanto lhe é necessário?

Em meio às atitudes que corroboram ao desaparecimento das borboletas podem-se destacar especialmente a perda de seu habitat nativo (seja ele do bioma Amazônico aos Pampas) que é substituído pelo exotismo e expansão dos amplos centros e cidades. Há também a ocorrência e uso de poluentes através da atividade industrial e agrícola, que agridem a riqueza de indivíduos em áreas de preservação adjacentes a estas instalações (no caso da agricultura, pesticidas são lançados por meios aviários). Não obstante, incêndios e queimadas são agravantes do mesmo modo que o uso abusivo e histórico pelo qual estes exemplares sofreram (a anos eram utilizados como quadros e em artesanatos) culminam para a ameaça de extinção.

A urbanização e a emissão de poluentes, associados às queimadas, desmatamentos, entre outros, corroboram com a extinção das borboletas que a cada estação estão mais rarefeitas

Assim, estas asas que coloriam jardins naturais hoje são raras e desconhecidas em diferentes regiões. Entretanto, além da sua beleza, a contribuição para conservar e sustentar ecossistemas é inestimável e vai além da polinização, pois são artrópodes que mantêm comunidades vegetais, participam da ciclagem de nutrientes e inclusive indicam a integridade dos ambientes.

Enfim, torna-se imprescindível o cuidado da população com os Lepidópteros e todos os seres. Somente através da preservação destas espécies é que a aquarela de cores voltará a enriquecer a flora brasílica.

Para mais conhecimentos sobre este assunto relevante leia o “O Plano de Ação Nacional para Conservação de Lepidópteros Ameaçados de Extinção – ICMBio” e ajude na preservação das nossas borboletas!

As famosas “borboletas 88” foram alvo de colecionadores e hoje beiram a extinção


[1]Bruna Elisa Winter, acadêmica de ciências biológicas/Faculdade Jangada – Jaraguá do Sul/SC; natural de Corupá/SC é apaixonada pela natureza e em especial pelas borboletas. Trabalha no Museu Irmão Luiz Godofredo Gartner – Seminário Sagrado Coração de Jesus em Corupá/SC.

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Nota da autora: Cabe ressaltar que as espécies de borboletas, em sua maioria, iniciam a fase adulta na primavera, por isso utilizou-se esta abordagem textual.

A estação da primavera explode em cores, mas a cada ano presenciamos em menor escala a esse espetáculo: borboletas e plantas se extinguem cada vez com maior velocidade

Jonei Bauer:

O texto acima é de inteira responsabilidade de Jonei Bauer, não expressando necessariamente a opinião do Portal do Rancho.

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