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O Portal do Rancho é uma iniciativa independente de Jonei Bauer e Saty Jardim. As opiniões nos textos são de inteira responsabilidade dos colunistas.

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Que histórias contam os cemitérios?

Que histórias contam os cemitérios?

Hoje, pela manhã, em busca de dados para minhas pesquisas, fui ao cemitério luterano de Taquaras e que segundo relatos dos diários da paróquia, foi o primeiro cemitério da cidade. Muitos dos antigos túmulos já se deterioraram. Letreiros desgastados pelo tempo, outros esquecidos em completo anonimato.

Comecei a fotografar: outros olhares, novas perspectivas! E ao clicar e anotar os nomes, parentescos e datas, num estalo perguntei-me: “quanta história corre o risco de ser ou já estar sepultada nesse lugar?”. Bem, isso é outra conversa. Informações colhidas, pesquisas em andamento – matérias futuras! Compartilho convosco as bonitas imagens e pergunto: que histórias contam os cemitérios? É isso!

Fotos do cemitério luterano do Distrito de Taquaras 

Ao se passear pelo cemitério, muitos nomes daqueles que construíram nosso passado estão ali

Nomes de pioneiros que outrora fincaram os primeiros alicerces da nossa História

Dos primeiros imigrantes...

Sepulturas daqueles que desbravaram essas matas!

Muitos não gostam desse lugar, mas pare, pense e reflita!

Ali repousam os protagonistas da nossa memória

Em pouco mais de um século, perfila aqui um naco da nossa História

Schütz, Sell, Hatzky, Goedert, Weiss e tantos outros que formaram nossa Identidade

Aqui descansa o último tropeiro, valente, que desbravou essa selva

Jonei Bauer:

O texto acima é de inteira responsabilidade de Jonei Bauer, não expressando necessariamente a opinião do Portal do Rancho.

Comentários:
  • Silvia
    Responder

    quando era criança gostava muito de ir ao cemitério de minha cidade.
    também sempre vi muita história nele. gostava de ver a data de nascimento e morte das pessoas, calcular a idade e ver as fotos.
    uma vez achei uma placa com o nome de uma pessoa que foi assassinada em 1930, muito jovem.
    isso me intrigou tanto que por algumas noites nao consegui dormir tentando bancar detetive mas nao descobri nada.

  • Jonei
    Responder

    Chego a me arrepiar com tuas palavras, Letícia! Penso o mesmo. E a foto acima, que eu pretendia ao final da tarde substituir por outra para que não houvesse a sombra, ficou esquecida…

    “Uma vida eternizada em uma lápide. Uma história resgatada em uma fotografia.” Leonardo Schütz foi o último dos tropeiros e a imagem do cavaleiro, robusto e altivo, é inspirada na sua fisionomia. Infelizmente nosso último tropeiro faleceu duas semanas antes da 2ª Festa do Morango, quando se inaugurou a obra em sua homenagem e que hoje soberana perfila no alto do morro de Navalhas.

  • Letícia Weigert
    Responder

    Quando eu era criança, morávamos perto do cemitério, em Estrela/RS. Eu me lembro de brincar muito por lá com minha irmã. Hoje, meus filhos adoram brincar no cemitério. Casualmente, este aí, destas belas fotos.
    A maioria das pessoas não gosta destes lugares pois não consegue ver nada além de dor e sofrimento. É bem típico da cultura ocidental, que nos ensina a ter medo da morte.
    Eu vejo histórias, bem como fala o texto acima. Algumas tristes, outras nem tanto. Pessoas que viveram quase cem anos, pessoas que partiram cedo demais, pessoas que mudaram a história, pessoas que deixaram pessoas que ainda irão mudar a história.
    Fui muitas vezes ao cemitério, mas nunca tinha reparado na inscrição “ultimo tropeiro”. Uma vida eternizada em uma lápide. Uma história resgatada em uma fotografia. Muito bom.

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