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As Flores da Oma II: Memórias Olfativas e Visuais

As Flores da Oma II: Memórias Olfativas e Visuais

Em outro artigo, AS FLORES DA OMA: AS BELEZAS DO JARDIM ALEMÃO, escrevi sobre algumas das características dos jardins que nossas avós cultivavam, mantendo-os sempre bem cuidados e floridos. A arte da jardinagem é denominada pela expressão Gemütlichkeit, que significa, literalmente, o aconchego do lar. E tem algo mais aconchegante que uma casa com um jardim colorido, repleto de borboletas e passarinhos?

Ademais, o jardim da Oma sempre tinha uma função além de estético: nessa mistura de plantas ornamentais eram também cultivadas plantas medicinais, indispensáveis para o preparo de xaropes, emplastros e chás. Outra característica era a presença de pequenas plantas frutíferas, em perfeita harmonia com as flores.

Flores da Vovó: Plantas Cada Vez Mais Raras

Para àqueles que ainda se aventuram na arte da jardinagem, é recorrente a dificuldade de se conseguir certas mudas de plantas, como outrora as Omas faziam, quando trocavam bulbos de dálias, mudas de funcionárias ou sementes de zínias e cristas de galo.

1. Palma, a flor de Finados

Seu nome é Gladíolo, mas poucos sabem disso. O que importa, né? Popularmente conhecida por palma ou palma-de-santa-rita, é uma flor que possui variadas cores, amplamente utilizada para decorações. Nossas avós sabiam o tempo certo do seu cultivo, programando para que os bulbos plantados estivessem floridos e prontos para o corte da flor, uma espada colorida, justamente no período do feriado de Finados. O Finados é uma data em que se enfeitam os túmulos de entes queridos.

2. Giesta, da cor do ouro

A Giesta é um arbusto pouco conhecido hoje em dia. Com um aspecto rústico, essa planta combina bastante com jardins que possuem um estilo mais campeiro. Trata-se de uma flor que não requer grandes cuidas com o seu cultivo. Quando florescem, os arbustos que podem chegar até a 3 metros, envergam-se pelo peso das flores.

3. Cosmos, uma delicadeza flutuante

Essa é outra planta pouco conhecida, mas que nossas avós sempre tinham em seus jardins, formando maciços junto aos muros e cercas. De aspecto delicado, seus arbustos parecem frágeis e podem atingir facilmente um metro de altura. Suas flores possuem um degradê e mais parecem flutuar. Com o vento, dão um aspecto de que o jardim esteja repleto de borboletas. Coisa linda, não?

Muitas outras flores podem ser incorporadas nessa lista. Mais que apenas relembrar, a intenção aqui é compartilhar as memórias da nossa infância, do tempo na casa da vovó, antes que se deem por totalmente perdidos esses momentos. E que tal se na próxima vez que você trabalhar no seu jardim pensar em plantar uma dessas flores tão amáveis que nos fazem lembrar do jardim da Oma? Vai ter gosto e cheiro de infância; sabor de saudade com uma pitada de poesia. É isso!

Jonei Bauer:

O texto acima é de inteira responsabilidade de Jonei Bauer, não expressando necessariamente a opinião do Portal do Rancho.

Comentário:
  • Aldanei Norma de Souza
    Responder

    Uma retrospectiva ao passado na casa de minha vó paterna, onde essas flores faziam parte de seu dia a dia e nosso tbm. Onde muitas vezes, além de enfeitarem o jardim de casa, tbm eram embelezadoras de nossas brincadeiras de casinha. Um projeto lindo, revivendo as casas das “Omas”. Parabéns pelo lindo projeto 👏👏🥰🥰

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